A tendência da plebe é tão revoltante como
sua estupidez e maleabilidade ideológica. Qualquer ato justo ou injusto pode
ser defendido ou atacado, dependendo não da sua qualidade, mas de pretextos ou
causas partidárias! Isso é decepcionante. Normalmente, o povo não quer o
progresso da comunidade; seu alvo é o bem-estar do partido político sobre a cabeça do qual botou a coroa. Hmm, frustrante. No geral, as pessoas optam pela sensação de poder social, ainda que mínima, ilusória ou breve, em vez de focalizar a
organização democrática do local onde vivem. Não votam objetivando o lucro
coletivo; porém o enchimento dos próprios bolsos com vários gêneros de mordomia, nota fiscal e pirulito.
Tanto a oposição, sempre mal-intencionada e cínica,
quanto a situação, de novo ineficiente e corrupta, enxergam exclusivamente a própria barriga, fingindo não ter sujeira no umbigo ou contemplar as necessidades coletivas. De fato, estão opostas aos benefícios que possam trazer à comunidade. Ademais, o arraial prefere, como sabemos, morrer
de fome ou falta de saneamento básico, caso isso promova alguma pequena regalia
política, a guerrear pela própria soberania igualitária. Aonde a população quer chegar, afinal; onde os políticos estão? O que essa caminhada significa, pressupõe e resulta?
Em termos simples, o maior número dos eleitos e dos
eleitores só quer uma coisa, no fim das contas — não ser incomodado pelas dificuldades,
crises e conflitos que ele mesmo ocasiona. Portanto, enquanto não houver um
senso legítimo de igualdade, coerência e responsabilidade, que a sociedade
brasileira permaneça nas trevas. Viva!