Não
se pode separar a morte da vida ou desvinculá-las. Uma é necessária à outra e,
tecnicamente, são o mesmo acontecimento visto a partir de ângulos distintos.
Vida é morte, morte é vida, as diferenças são ilusórias e baseadas no medo. De
fato, as duas representam a inevitável mudança, a evolução invencível à qual
tudo o que existe está destinado: nascemos para morrer e morremos para
renascer.
Logo,
não há motivo racional para temer o cancelamento das funções biológicas, a
extinção do corpo físico, este invólucro denso que nos envolve, possibilitando as
valiosas experiências terrenas.
A eternidade é nossa herança espiritual e direito, nossa vantagem como filhos do Deus Vivo. Esquecimento, alienação, incredulidade; isso não altera o fato nem muda nossa essência. O
que é a morte, então? Quem morre? Quem continua
vivo, ao presenciar a queda da forma material? Quem somos nós, enfim?