1
O funk, um subproduto repugnante de tudo o
que há de desprezível em uma nação intelectualmente insignificante e
culturalmente infértil, deve ser visto como um instrumento de desigualdade
social, pois a maior parte dos infelizes que consomem essa cocaína musical,
adotando comportamentos prejudiciais a si mesmos e à coletividade, pertence
justamente ao estrato mais pobre e socialmente vulnerável.
2
O mundo está gravemente marcado por
disputa e rivalidade, por guerras. Somos vítimas miseráveis da maldita
intolerância: um excesso do masculino, um exagero de todo gênero do eu-sei-destruir.
Precisamos de mais gentileza e paciência — uma Terra mais feminina, a
abundância de um eu-sei-cuidar. Temos de negar a pátria e afirmar a mátria.