O BAÚ DO TESOURO

§ 1.    O comportamento básico do ateu é emocional e sua argumentação possui valor essencialmente psicológico. Assim sendo, não pode ser acusado de críticas que tenham peso lógico, valor universal ou importância racional. Por isso o antiteísta supõe, com base em uma visão de mundo que apresenta inconsistência filosófica pela falta de vínculo razoável entre suas premissas e conclusões, a inexistência de Deus a partir da existência do sofrimento, uma alegação supostamente moral, abstrata e objetiva — mas que na realidade tem foco subjetivo em suas experiências desagradáveis. No entanto, alguns dos seus argumentos são relevantes; por exemplo, suas críticas ao ruim e velho antropocentrismo cristão.

 

§ 2.    O funk precisa ser combatido porque é antissocial. Sendo pornográfico, ele sexualiza e induz o uso do corpo como objeto sexual. Isso produz sequelas na comunidade que vão do sexo casual e suas doenças venéreas até o estupro coletivo em baile funk ou inclusive o tráfico de mulher para a prostituição. Funk não é cultura nem gênero musical, mas um formato repulsivo e subcultural de pornografia sonora.

 

§ 3.    Um paradoxo é um erro lógico e elegante que foi ocasionado por falta de entendimento, raciocínio ou conhecimento: isso implica que seu inventor não encontrou a saída do labirinto. Mas justamente por isso todo paradoxo pode ser solucionado ou eliminado por meio de um intelecto superior ao que lhe deu origem.