§ 1. O maior número das pessoas acredita no que aprendeu que seja correto, real ou verdadeiro, mesmo quando é incorreto, falso, mentiroso. Por isso não devemos acreditar naquilo que nos ensinam, mas no que é lógico e racional ou possui validade empírica.
§ 2. O cristão intenso seria um muçulmano fervoroso, se tivesse aprendido desde a infância que unicamente o islamismo esteja correto. Esse fato nos mostra que as verdades “inquestionáveis”, “universais” ou “absolutas” das religiões tenham, na realidade, valor pessoal, alcance limitado, significado relativo. Justamente por isso é tão valioso ser tolerante.
§ 3. Enquanto houver desigualdade social, os políticos prometerão auxílio — em troca de voto, naturalmente. Por isso é tão oportuno a eles que a pobreza seja crônica.
§ 4. O objetivo não pode criar o subjetivo. A consciência é o sujeito por excelência. Logo, tudo que existe é necessariamente feito de consciência ou nada existiria. Assim, existe algo e não nada porque a consciência é eterna. Falamos aqui da Consciência universal, primordial, absoluta, a Estrutura existencial...
§ 5. O dogmático interpreta seus livros “sagrados” para que se tornem compatíveis com sua ideologia. Nesse processo, ele fabrica um sistema religioso cuja meta real não é objetividade ou razão, porém a adequação ao seu comportamento e propósitos. Em outras palavras, se os cachorros tivessem um deus, ele latiria por osso.