Enquanto houver disputa haverá angústia, medo e desejo; assim, o sofrimento impera, seja a dor física ou a aflição psicológica. Até quanto esse fato continuará escondido? A paz é urgente e chegar a ela é possível, verossímil e simples; basta aceitar que todos os seres vivos, inclusive nós, tenham o direito à prosperidade. Portanto, nossa única tarefa real é, com efeito, assegurar que nenhuma vida padeça de maneira injusta. Que tal acreditar nisso, heim? Tanto a inteligência que brota do modo de vida caridoso quanto sua experiência de união são capazes de vencer os tubarões. Ou seja, a fraternidade necessita ser praticada e compreendida. A mente do bicho egoísta, contudo, projeta um mundinho onde a divisão reina, o conforto pessoal precisa ser obtido e, logo, o outro é percebido como ameaça ou respaldo. Em cenários dessa natureza, marcados por luta, tensão e acúmulo constantes é impossível que a felicidade germine ou o bem-estar possa florescer. No fim das contas, se o solo não se doar à planta, o que nascerá? Quando a árvore surge, já não existe segregação porque ela e a terra são um só organismo – na verdade, sempre foram. Concluindo, etc. Não há por que temer o mar. A força da caridade nos protegerá de qualquer onda, profundeza ou garganta de baleia. Permaneçamos firmes, então! Ela nos mostra concretamente que o lucro individual seja ilusório frente às necessidades sociais, sobretudo o material: é importante agir de modo filantrópico, pô! Entendeu? Quantas vezes já nos afirmaram isso? Quando, afinal, decidiremos mergulhar de cabeça na postura solidária? Mas o egoísmo tem o poder de nos atrair para os dentes do abismo. Sejamos confiantes, generosos & espertos para não ser engolidos pelo individualismo; experimentemos doar, vejamos o que acontece... Não é o tamanho do barco dispensável, quando a fúria do oceano pode ser aplacada?