A
morte não é o fim da vida, mas apenas da função biológica, da estrutura
material, do corpo físico — a água não morre quando o gelo derrete, só
experimenta outro estado. E nós também, após o falecimento. Existe algum motivo racional para o medo de abandonar o veículo corpóreo?
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O
Criador — que seja glorificado — é absolutamente real. A Criação o é em sentido
relativo, no entanto. O Sujeito é autônomo, mas não os objetos. A evidência
fenomênica é subordinada ao Fato ontológico. O Ser é anterior ao existir. Portanto,
quem somos nós?
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A lama vive de forma suja, é inevitável, ainda que esteja em um campo limpo.
As flores, contudo, mesmo no chiqueiro são belas, cheirosas, inspiradoras. Não devemos fazer
algo errado, quando ninguém estiver vendo. Quem é o principal alvo dos próprios erros ou buracos na estrada, senão justamente quem caminha de maneira tortuosa?