O BAÚ DO TESOURO

< O abismo fala, critica & perturba. >

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Somos os portadores da inteligência abissal e trouxemos o inquietante, o profundo, o revelador: o início da Palavra.

1. Se um “triângulo de dois lados, três vértices e cinco ângulos” fosse avistado, seria triângulo? Reflitam antes de prosseguir.

2. Por que existe alguma coisa e não “nada”? Se viabilizarmos que a consistência nos guie totalmente nessa estrada, veremos a resposta de maneira categórica, breve e plenária: porque o “nada” nunca existiu; a propósito, se existisse, seria alguma coisa! Hmm! Puderam notar a amplitude, a penetração e a graça nesse raciocínio? Não é tão fácil compreender o seu alcance, né? Quantos pardais serão capazes de perceber a qualidade desse alpiste? *Genial*. É possível ser mais coerente, exato ou analítico? Aliás, também inexiste alguma “circunferência” sem diâmetro, perímetro ou raios. Eis a Chave para entender o mistério dos mistérios.

3. Simplificando, a existência existe e, portanto, de modo eterno, objetivo, absolutamente lógico. Como poderia ser de outra forma? (Ops! Nem sequer foi preciso invocar algum Criador não-criado para buscar e localizar a solução: ui!).

Para não esquecer, então – existe algo e não “nada” porque jamais houve um “nada”; se “ele” pudesse existir, seria algo; logo, algo é eterno, absoluto e objetivo, necessariamente: a existência. Em outras palavras, não há justificativa ou objetivo para o nosso surgimento, o do universo ou o das formiguinhas. As coisas simplesmente existem. Só isso, mais nada.

Atenção; não há nem pode haver resposta mais saudável, isenta ou racional. Esclarecendo, tentar envolver a existência, como fazem os crentes, ou inexistência, os ateus, de Deus nesse argumento puramente matemático é buscar o “quadrado” de três lados, seis ângulos e 12 faces: de fato, não há espaço aí para essa idéia ou quaisquer ideologias. Entenderam? A solução é totalmente filosófica e não poderia ser de outra categoria.

Pois bem, então. Contudo, outra problemática surge aqui, é inevitável. Focaremos a mira crítica do nosso canhão em que, agora? (Talvez nossa função como ser pensante esteja finalizada).